quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A bola tem seus caprichos...

A contratação do medalhista olímpico Usain Bolt pelo clube madrilenho para a vaga deixada por Robinho foi um golpe de mestre publicitário.
Milhões de camisas foram vendidas com o número 2163.
Até o técnico Schuster se rendeu a simpatia do jamaicano. Bolt que se auto proclamou fã de Raúl e Nistelrooy.
No primeiro clássico contra o Barcelona os ingressos se esgotam.
Como se Jesse Owens vestisse a camisa da Juventus de Turim.
Aos 5’ do primeiro tempo Casillas defende o escanteio e devolve o balão para Cannavaro. O zagueiro toca de lado para Pepe que descobre Robben desmarcado.
O lançamento sai logo, rápido, preciso.
Antes que a defesa do Barcelona tenha tempo de pensar, o recém contratado atacante do Real Madrid parte de sua intermediária e chega livre, na cara do gol.
Em uma fração de segundos.
Flash.
A torcida delira. O novo Gento é mais rápido que a luz. Mais rápido que o pensamento.
Só tem um problema: Ele também é mais rápido que a bola.
Bola que ficou lá atrás, desolada, solitária.
Envergonhada.
Lenta. Frígida.
Limpia y blanca, como a camisa do Real Madrid.
Bola que também tem seus caprichos de mulher.
Bola que prefere o carinho pleno de um Mané, um Julinho, um Canário, um Matthews.
A dar uma rapidinha com Usain Bolt.

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