
E fê-lo de maneira ousada, retratando uma figura que lembra Jesus Cristo, pois que é a Igreja Católica que o retrata assim, como um superstar de olhos azuis, cabelos longos e barba de astro de cinema — quando se sabe que por aquelas bandas do planeta, cerca de 2000 anos atrás, não era muito fácil encontrar homens com tais características.
Voltando à revista, os portugueses usaram a figura que lembra Jesus ao lado de uma moça nua para ilustrar a referência a um dos livros mais importantes de Saramago, “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”. Nele, o escritor português transforma Jesus em narrador de sua história, com Maria Magdalena ganhando muita importância a partir de um momento de sua vida, como sua mulher e amante. Episódio que os evangelhos oficiais não tratam da mesma maneira.
A Playboy americana alega que a editora portuguesa não respeitou as normas da empresa. Quais as normas que foram tão ofendidas assim neste grupo de vestais? Que trata as mulheres como objetos de consumo e onanismo desde sua criação, lá nos anos 50 do século passado?
Sem moralismo besta, please. A capa da “Playboy” portuguesa é forte, mas criativa e moderna. Melhor do que vestir uma mulher de coelhinha com o rabo arrebitado e dedinho na boca. Que é o que a “Playboy” faz há 50 anos, variando muito pouco sobre o tema.
Autor: Flavio Gomes - http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes/
Nenhum comentário:
Postar um comentário