O Engenhão não está dando lucro. Isso é ponto definitivo, por mais que o presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, prefira não dizer isso com todas as letras. E deveria dizer simplesmente quanto o clube gasta e quanto embolsa com a administração do estádio. Uma das razões para não evidenciar esses números é político. Dia 27, haverá eleição em General Severiano.
Mas, a partir daí, pode começar a reflexão sobre a vida do Botafogo. Reflexão que inclui o Engenhão.
O estádio não agrava a crise do clube.
Bebeto espera a liberação de uma área nos fundos do estádio, para começar a alugar os galpões que existem no local. E, assim, aumentar a margem de lucro no ano que vem. A área não está liberada por entraves burocráticos. A liberação, em 2009, pode representar novas receitas.
O ponto é que a crise do Botafogo não é causada pelo Engenhão. O Botafogo não deixa de pagar salários, por causa dos custos do Engenhão. O estádio não agrava a crise do clube.
Por enquanto, não a atenua, mas os dirigentes - inclusive o futuro presidente, Maurício Assumpção - julgam que a perspectiva é que atenue a médio prazo.
Há uma confusão entre o que o Engenhão representa para a Prefeitura do Rio e o que representa para o Botafogo. Melhor seria que o estádio fosse construído com dinheiro da iniciativa privada.
Mas aí vamos discutir todos os descuidos e descasos do Pan 2007, não o Botafogo.
Uma vez construído com dinheiro público, melhor é deixar a administração para a iniciativa privada. É de se discutir se a licitação deveria permitir ao vencedor pagar apenas 32 mil reais de aluguel. De novo, a crítica deve cair no poder público.
Quanto ao Botafogo, o Engenhão seria um clube quase sem perspectiva. Com ele, tem futuro um pouco mais promissor.
PVC em 14.11.2008
http://blogs.espn.com.br/pvc/
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