sábado, 17 de janeiro de 2009

Apesar das evidências, há quem tente desqualificar, diminuir, encontrar “defeitos” na Premier League

Incrível a insistência de setores da mídia verde-amarela em definir a Premier League como um “bicho estranho”, um negócio diferente, esquisito, quase uma aberração. Matéria do site Globo Esporte destaca frase óbvia do jornalista inglês Alex Fynn: “É um campeonato internacional, e não um campeonato local”, teria dito durante palestra na semana passada, em Londres, segundo o texto.

Ok, e qual grande campeonato europeu não apresenta essa característica? Se o Arsenal entra em campo apenas com estrangeiros há tempos, a Internazionale de Milão faz o mesmo no Calcio. Se Liverpool, Manchester United e Chelsea têm muitos jogadores nascidos fora do Reino Unido, Barcelona, Real Madrid, Bayern Munique, Milan e Juventus não ficam atrás.

Curiosa a fixação pelos pontos “negativos” (na visão de alguns) do campeonato inglês. É como se procurassem um porém, um gancho para a crítica à Premiership. É o mais rico e bem organizado, com jogos extremamente disputados e ultimamente seus times têm chegado com enorme força às fases agudas da Uefa Champions League.
Dos 22 jogadores que começaram a decisão da Champions League 2007/2008 entre Manchester United e Chelsea, 12 eram estrangeiros e dez atletas nascidos no Reino Unido

“Ah, mas o campeonato inglês está cheio de estrangeiros…”, é o argumento (?) mais comum, que a matéria acima citada tenta reforçar. Mas qual é a realidade do futebol disputado na Europa. Vamos aos fatos? Veja a lista abaixo e tire suas conclusões.

Observando as escalações iniciais dos cinco mais bem colocados de cada um dos quatro mais importantes torneios europeus, temos o cenário a seguir. Ele mostra os times da Inglaterra com maior percentual de não nascidos no Reino Unido, mas muito perto do índice italiano, com equipes espanholas e alemãs também acima dos 50% de nascidos no exterior em seus times.

Origens dos titulares nas rodadas mais recentes dos campeonatos:



Inglaterra - 63% de estrangeiros
Liverpool (1º) - 2 britânicos e 9 estrangeiros
Chelsea (2º) - 4 britânicos e 7 estrangeiros
Manchester United (3º) - 6 britânicos e 5 estrangeiros
Aston Villa (4º) - 8 britânicos e 3 estrangeiros
Arsenal (5º) - 11 estrangeiros


Itália - 58% de estrangeiros
Internazionale (1º) - 11 estrangeiros
Juventus (2º) - 5 italianos e 6 estrangeiros
Milan (3º) - 5 italianos e 6 estrangeiros
Napoli (4º) - 7 italianos e 4 estrangeiros
Genoa (5º) - 6 italianos e 5 estrangeiros


Espanha - 54% de estrangeiros
Barcelona (1º) - 5 espanhóis e 6 estrangeiros
Real Madrid (2º) - 3 espanhóis e 8 estrangeiros
Sevilla (3º) - 5 espanhóis e 6 estrangeiros
Valencia (4º) - 9 espanhóis e 2 estrangeiros
Atlético de Madrid (5º) - 3 espanhóis e 8 estrangeiros


Alemanha - 52% de estrangeiros
Hoffenheim (1º) - 5 alemães e 6 estrangeiros
Bayern Munique (2º) - 5 alemães e 6 estrangeiros
Hertha Berlim (3º) - 3 alemães e 8 estrangeiros
Hamburgo (4º) - 6 alemães e 5 estrangeiros
Bayer Leverkusen (5º) - 7 alemães e 4 estrangeiros



No jogo contra o Wigan, que valeu o título inglês 2007/2008, o Manchester United usou 13 jogadores, seis estrangeiros e sete nascidos no Reino Unido

2 comentários:

Unknown disse...

Apesar da desogarnização, da "falta de grana", de segurança, de estadios modernos, de gramados iguais a campos de golfe. da badalação da imprensa internacional. Eu prefiro o Futebol Tupiniquim. Mais de noventa porcento dos jogadores são nacionais e por mais que tentem difamar é o melhor futebol do mundo.

Por isso eu prefiro o futebol jogado no Brasil, que os campeonatos Ingles, Espanhol, Italiano e outros mais.

Que me desculpem os "entendidos em futebol". Mais pelada por pelada prefiro a Nacional.

Unknown disse...

Alias se meu time na Inglaterra ganhar de um rival local, quem eu vou zoar no dia seguinte???